eu morreria de ódio
só para punir em culpa
a eternização daquele episódio
e a ausência que você ocupa
você reviveria todos os dias
todas as vezes que eu disse que estava perto
e que o destino se aproveitou
no fatídico chão de concreto
eu morreria de raiva
no instante que você escolheu fingir que eu não falava nada
mesmo que isso custasse
o vazio que me restava
eu gritaria os insultos absurdos
que me engoliram no limbo asfixiante
devoraram minha alma
e cuspiram em você o inevitável futuro minguante
eu morreria de dor
sob o remorso de todas as minhas ruínas
com um toque que destrói
na mesma intensidade que fascina.
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