Esta ausência é uma maldição.
Perturba meu sono de e ameaça minhas barreiras, tolhendo o tempo que nos distancia. Quebra estes muros e empurra-me na espiral do delírio, colocando estes ouvidos traidores a escutarem aquela mesma canção de sempre, que faz dançar — em pares — até as chamas das velas mais antigas.
Enterro teu nome no limbo do esquecimento e tomas o hálito da vida na ressurreição. Fantasma que sopra-me a face em beijos de alucinação e preenche-me de teu perfume banido, por seu ilegal teor inebriante.
E sob as estrelas que testemunharam nascer e morrer tais juras ancestrais, clamo a estes mesmos astros que libertem-me das correntes deste castigo — que é lembrar.
(de você)
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